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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Minha mãe jogou a calcinha no Roberto Carlos

Bem que a estória da minha mãe fedendo no ônibus não pegou bem, mesmo assim ela seguiu viagem com os demais, bem quietinha, mesmo quando o verdadeiro culpado ainda soltava um caloroso “surdinho”, todos olhavam para a coitada, ela, com muito ódio, procurava quem poderia ser o sujeito, olhava atravessado para cada um que entrava no banheiro, ainda assim nada descobria, sobrou para ela rezar para que o danado parasse, ou fosse até o banheiro para se aliviar e moderasse com aquilo, só assim parariam de olhar para ela daquele jeito, uma coisa era certa, mesmo que ela tivesse a maior vontade, se entrasse no banheiro seria como passar um atestado de culpa. No começo até deu pena da situação dela, como se não bastasse ter que cheirar o fedor dos outros, que agora já estavam liberados para peidar que a culpa recairia sobre ela, ainda tinha que cheirar o forte odor de cigarro que os outros fumantes começaram a acender depois da briga e estava quase proibida de entrar no banheiro, não posso negar que deu uma pequena vontade de rir, mas mãe é mãe, né.
Felizmente, ao chegarem na capital a estrela de alguém brilhou, de verdade, por um pequeno problema de estacionamento congestionado o ônibus deles foi o primeiro a entrar no estádio e com isto, foram privilegiados com lugares bem perto do palco, neste momento parece que todos esqueceram das “coisas” que aconteceram no ônibus e finalmente minha mãe pôde relaxar um pouco sem olhar para os lados, os companheiros de viagem ficaram a maior parte uns perto dos outros, menos a minha mãe, por motivos óbvios, a qual ficou a um lado de uma senhora que, penalizada com ela, resolveu acompanhá-la, aos poucos o estádio ia lotando, mal havia espaço para todos, mas ninguém reclamava, todos esperavam pelo rei.
Segundo ela, foi emocionante a entrada do homem, um verdadeiro show de luzes, o qual ela nunca havia visto, sem contar que ele já é romântico desde a chegada, ela não contou mas acho que aí ela molhou a calcinha e mal começou o espetáculo, o peidão, que deveria estar por perto dos demais continuou com o “serviço”, só que ela(minha mãe) estava a mais de cinqüenta metros dos demais com aquela senhora que a acompanhou, mesmo assim um outro gaiato olhou para ela de longe e gritou:
- aí veia, ta fedendo aqui, da um tempo, ta?
Ela nem respondeu, segundo ela a vontade era mostrar o dedo médio para ele, mas na frente do rei, nem pensar.
O show estava realmente emocionante segundo ela, mas quando ele tocou a música preferida dela, que nem sei qual é pra dizer a verdade, ela não aguentou, levantou a saia e tirou a calcinha, agora tenho que fazer um outro relato, íntimo na verdade, mas como é dela mesmo, não dá nada. A calcinha da minha mãe não é qualquer calcinha de modelo fotográfico, acho até que dá pra fazer uma barraca pra rei momo de tanto pano, mesmo assim, ela não poupou, enrolou em uma pequena pedrinha e atirou. Ele viu, e eu sei até tentou se esquivar devido a um pequeno problema de ambulação, não conseguiu mas resvalou e caiu com aquele enorme pára-quedas na cabeça.
Imediatamente várias pessoas contornaram o homem, a orquestra parou, levaram o rei e o show terminou, alguns pagaram o motorista do ônibus para fugir dela o que conseguiram, ela só voltou no outro dia em um ônibus de linha.
Aí é necessário explicar alguns detalhes, pequenos, na verdade, mas necessários. Em cidade pequena muita gente se conhece, alguns tiraram muitas fotos com o celular, as rádios de interior, assim como os jornais não perdem uma boa fofoca da comunidade.
As mais variadas manchetes apareceram nos jornais e rádios da cidade:
“idosa fedorenta assassina tenta matar Roberto Carlos”
“Senhora tenta matar pessoas em ônibus de excursão e depois o próprio rei”
Alguns mais sensacionalistas:
“velha louca e fedorenta tenta assassinato em massa em show do rei”
Tentaram até entrevistá-la, sem êxito claro, a coitada passou dois anos sem sair de casa depois disto.

Conclusão da estória:
Minha mãe tem que diminuir o tamanho das calcinhas.

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Obrigado

Jorge Acunha

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