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sexta-feira, 3 de outubro de 2008

UM CANDIDATO INTERESSANTE

Abigail Dolcette do Amaral é uma cidadezinha bem pequenina do sul, do sul do fiofó mundo. Quem me dera estar lá até hoje. Com seus pouco mais de 30 mil habitantes, era difícil um não conhecer algum parente do outro, o movimento da cidade sempre envolvia fofoca de alguma família ou política.
Porém, em dia de eleição, tinha-se que colocar a melhor roupa do armário e partir para o sagrado direito do sufrágio universal, visto que a democracia, ampla, regia no local.
Assim fez o Diou, como era conhecido por todos, já que ele não gostava muito de seu nome verdadeiro Diouzébio, e preferia que todos o chamassem por apelido, o qual a vó deu, alguns até fazem brincadeiras com seu nome, - Ô Diou – troplaneta, entre outros que nem é bom lembrar, senão o texto vira baixaria.
Foi então que o Diou levantou bem cedo, vestiu um terno que há quase dois anos estava guardado, colocou o santinho de seu candidato junto ao título e partiu para o evento.
Sete e meia, ele, como cidadão exemplar, era o primeiro da fila. Porém, quando abriu a seção, faltavam dois mesários, não pensando duas vezes, o presidente da mesa, convocou o Diou para fazer parte do democrático processo, dizendo:
- o senhor está convocado para trabalhar, devido a falta de mesários nessa seção, conforme os poderes a mim constituídos.
Ele olhou bem para o rapaz, um menino, quando muito de uns trinta anos, e declarou:
- Tu não me conheces mesmo, né?
- Conheço sim, o senhor é o pai daquela menina que não sabe quem é o pai do filho que está no bucho.
- Meu filho, - disse ele – minha vida pessoal não tem nada a ver com isto, eu sou candidato a vice na chapa Varonil – Diou.
- Mas e daí, por acaso vice faz alguma coisa?
- Meu filho, o vice no pleito é muito importante.
- Há eu sei, depois passa quatro anos enchendo o rabo de dinheiro e o do povo de impostos.
- Companheiro – diz Diou – tu estás completamente enganado, o vice é que assume cada vez que o prefeito tem que viajar.
- mas e daí? O prefeito daqui não viaja nem uma vez por ano, isso é o motivo para o senhor se esquivar de trabalhar pelo processo democrático somente um dia?
- Claro, meu filho, que eu poderia, porém, como sou candidato, afiliado ao partido, a lei não permite.
- Espera aí um pouco que eu vou ver.
Enquanto o Diou ficava plantado no lado de fora ele entrou, pegou um telefone e ligava sabe-se lá pra quem. Neste meio-tempo, deu uma enorme vontade de ir ao banheiro no Diou e ele foi, no entanto ao sair do banheiro ele imaginou que se fugisse naquele momento, ficaria livre do encargo, entretanto, se voltasse ali, poderia ser até preso. Assim o fez, aproveitou o momento e se mandou.
Como o Diou é muito esperto mesmo, depois ele pagaria a multa por não ter votado e fica tudo por aí.
Até aí, tudo deu certo, até por que o presidente da mesa não quis envolver-se em ações judiciais depois que o partido do Diou perdeu a eleição por apenas um voto.

Jorge Acunha

Queridos Amigos

Gostaríamos que cada pessoa do mundo tivesse maturidade suficiente e sensibilidade permanente para saberem o que as autoridades fazem de nossas vidas, no entanto, isto é quase impossível de se conseguir, o que estamos pensando é que se alguns não têm nenhum estímulo para lutarem pelos seus direitos, pelo menos que saibam como procedem algumas atividades que agem contra estes direitos e que, por qualquer outro motivo ainda estejam dispostos a outro tipo de divertimento, livre de qualquer compromisso com partidos políticos ou atividades anti-políticos, tentaremos fazer algo que justifique o tempo que os leitores dedicam para tal, e que nossa pequena manifestação traga algum regozijo ou simplesmente algum tipo de afago a todos os problemas que nossas vidas nos trazem, para tanto, espero que vocês compreendam que nosso prazer é que haja felicidade em nosso relacionamento.

Obrigado

Jorge Acunha

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