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sábado, 20 de dezembro de 2008

Papai Noel No Trânsito

Pela primeira vez em plena noite de natal as renas do Papai Noel cansaram. Já com certa idade, que por certo elas não revelam por serem meninas, em pleno vôo, elas literalmente cansaram.
Sem ter outra alternativa, o velhinho desceu em pleno Rio Grande do Sul, já no final da sua rota.
Havemos então que explicar que quando as renas cansam de voar, nada impede que elas andem, ou corram, o que cansa é só a habilidade de voar, digo-vos, por que ele mesmo me disse. Assim sendo, aterrissaram em uma rodovia pouco movimentada.
Como por terra o caminho é bem mais longo, a velocidade teria que aumentar e, assim sendo, ele chegou aos seus 342 quilômetros por hora, como ele mesmo me mostrou.
No entanto, esta rodovia estava protegida pela polícia, que em seguida o parou,
Quando o guarda o abordou já foi dizendo.
- por favor, meu senhor, habilitação e documentos do veículo.
Ao que ele respondeu com risos.
- Ho, ho, ho, eu sou o Papai Noel meu filho, e estou com muita pressa para entregar muitos brinquedos para essas crianças.
- Senhor – diz o guarda – isto pouco me interessa, tenho que cumprir minha função.
- mas meu filho, quantos presentes eu te entreguei quando eras pequeno, não te recordas?
- estas coisas de crianças não podem interferir no serviço público, o senhor, por favor, me mostre a habilitação e os documentos do veículo.
-Bom, meu filho...
Ele interrompeu:
- Por favor, conduta, não me chame desta forma que eu não sou seu filho.
-Mas seu guarda isso não é um veículo automotor, é um trenó.
- Não me importa, aqui no radar esta marcando que ele vinha a 342 quilômetros por hora e eu gostaria que o senhor cumprisse a lei e me mostrasse os documentos do veículo.
Foi então que o Papai Noel tirou dois documentos do bolso e mostrou ao guarda. Um era a identidade que só dizia “Papai Noel”, o outro era um pequeno que dizia “Trenó”, quando o guarda viu teve que ligar para o chefe.
- Chefe, tem um sujeito aqui dizendo que é o Papai Noel, ele dirige um trenó enorme que é puxado por seis bichos estranhos.
- E o que é que tem? Se não tem motor, ta tudo bem - diz o chefe.
- Mas é isso que eu to falando, chefe eu não consigo achar o motor.
-Anta! Se é puxado pelos bichos não tem motor.
- Então como é que anda a mais que trezentos por hora?
-tais brincando né?
- Não, deu 342 no radar.
- Ta bem, me espera que eu vou até aí...
Ele se virou então para o Papai Noel e disse:
- Neste momento, o senhor ficará aqui até a viatura do chefe chegar.
- Mas meu filho eu vim do pólo norte até aqui e já estou atrasado para entregar os presentes, talvez até seus filhos estejam esperando.
- Meu senhor, eu não tenho filhos.
- Ta bem, meu filho quanto tempo vai levar isto?
- Primeiro, eu não sou seu filho e gostaria que o senhor mantivesse o devido respeito, depois eu não sei, mas deve levar uns 30 minutos, o chefe está no horário do lanche.
- Mas tem algum lugar que as minhas renas possam tomar um pouco d’água?
- O veículo está detido, senhor
- O veículo sim, mas eu solto as renas e levo sem o veículo, senhor.
- Ta bem, ali atrás tem um riacho, e eu lhe permito levar os bichinhos até lá.
Papai Noel soltou os bichinho e apontou a elas onde deveriam ir. Sem piscar foram até o local e retornaram ao trenó, posicionando-se em seus lugares. Com isto, o guarda percebeu que algo de anormal estava acontecendo e olhou bem para o velho.
Após 30 minutos mais ou menos de espera chegou o chefe, o qual imediatamente foi conferir a ocorrência. Segundo os comentários ele tentou achar um motor, no veículo por todos os cantos, em vão, quando o Nic (explicando: o nome dele mesmo é Nicolau, mas a intimidade me permite chamá-lo assim) disse:
- Autoridade, por favor, eu estou atrasadíssimo e tenho um acordo para fazer com o senhor.
- Siga.
- Se eu provar que sou o Papai Noel o senhor me libera?
- É possível desde que seja convincente.
- Ta bem, olha o saco de brinquedos.
- Senhor, eu conheço um sujeito que tem uma fábrica de brinquedos inteirinho e nem por isso é o Papai Noel.
Desta vez a negociação estava difícil mesmo.
Ele então se levantou foi até as renas e cochichou algo e comentou aos guardas.
- Por favor, afastem-se um pouco, que apesar de elas estarem cansadas, ainda podem voar um pouco
- Olha lá hein, se pisar na bola, a gente algema.
Ele levantou os braços, mexeu o dedo em sentido circular, e as renas deram um pequeno vôo sobre a cabeça dos guardas, os quais imediatamente se abaixaram apavorados.
- Estão vendo senhores, só o verdadeiro Papai Noel conseguiria fazer isto.
- Me deixa dar uma olhada - Diz o chefe.
Olhou, olhou para ver se encontrava o motor e nada, foi até o outro guarda e cochichou:
- Acho que ele está falando a verdade, a coisa voa mesmo.
- É, eu também – Diz o guarda
- Então, por favor, me libera que eu estou muito atrasado.
- ta bem, mas antes o senhor vai ter que me dizer se o IPVA da viatura ta em dia e se tem brevê pra pilotar esta coisa.
- Está tudo em ordem - Diz o Nic.
- Bom, como eu acho que o senhor não tem motivos para mentir eu vou liberá-lo, mas se perguntarem eu nunca o vi.
Assim o Papai Noel conseguiu seguir viagem, já atrasado e um pouco tristonho, mas botou as renas para andar até que uma hora depois deram uma freada que o bom velhinho quase caiu, era uma praça de pedágio.
Uma moça muito sensata o atendeu, mas na dúvida, resolveu sair do guichê para conferir, quando perguntou a ele:
- quantos eixos têm isto?
- nenhum, minha filha, é um trenó.
- e como é que eu vou saber para cobrar, eu nunca cobrei de uma coisa assim.
- eu sou o Papai Noel, minhas renas cansaram e eu tive que continuar por terra minhas entregas de presentes, agora me deixa passar que estou muito atrasado.
- e eu sou a coelhinha da páscoa e o senhor com esta porcaria aí deve estar esburacando toda a rodovia, além do mais, para passar o senhor tem que pagar.
- mas eu nem com dinheiro ando, minha filha, saí só para entregar presentes.
- olha, se todos que passassem aqui aplicassem uma destas e eu deixasse passar, eu já estaria na rua há muito tempo.
- mas minha filha, e as crianças, como é que ficam?
- nas suas casinhas, bonitinhas e dormindo, a esta hora.
- minha filha, seja compreensiva, por favor, eu tenho que terminar de entregar os presentes, onde está o seu espírito de natal?
Ela pensou, pensou e finalmente concordou:
- está bem, mas só vou lhe deixar passar esta vez, da próxima o senhor fale lá com o seu chefe e traga pelo menos o vale pedágio. E se vire com os outros quatro pedágios que o senhor vai ter que passar ainda nesta rodovia.
- isto é que é espírito de natal.
Assim sendo, ela abriu a cancela e, como as renas já estavam descansadas, ele já saiu voando e abanando para ela, mas já pensando: - aqui nesta terra nem Papai Noel se escapa.

FELIZ NATAL PARA TODOS

Jorge Acunha

Queridos Amigos

Gostaríamos que cada pessoa do mundo tivesse maturidade suficiente e sensibilidade permanente para saberem o que as autoridades fazem de nossas vidas, no entanto, isto é quase impossível de se conseguir, o que estamos pensando é que se alguns não têm nenhum estímulo para lutarem pelos seus direitos, pelo menos que saibam como procedem algumas atividades que agem contra estes direitos e que, por qualquer outro motivo ainda estejam dispostos a outro tipo de divertimento, livre de qualquer compromisso com partidos políticos ou atividades anti-políticos, tentaremos fazer algo que justifique o tempo que os leitores dedicam para tal, e que nossa pequena manifestação traga algum regozijo ou simplesmente algum tipo de afago a todos os problemas que nossas vidas nos trazem, para tanto, espero que vocês compreendam que nosso prazer é que haja felicidade em nosso relacionamento.

Obrigado

Jorge Acunha

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