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quinta-feira, 3 de julho de 2008

O que é normal?

Desde que a humanidade começou a estudar a psicologia dos seres, uma das maiores curiosidades é sobre o que será o normal. Os maiores escritores do planeta debatem este tema constantemente e os brasileiros agora estão caminhando para a normalidade, no entanto, os outros países podem até ficar pasmos perante à esta tal normalidade.
Em São Paulo, a normalidade nestes tempos é a luta pelo poder entre o governo e o PCC, que insiste em mandar no estado, governando de dentro dos próprios presídios, sustentados pelo povo que eles eliminam, pelas empresas que eles queimam os ônibus, entre outras que assaltam, matam e fazem o que bem entendem.
Subindo mais um pouquinho chegamos à Brasília onde a normalidade são os golpes, por vezes pequenos, outros grandes, alguns milionários, mas não estamos aqui para discutir a proporção dos roubos, já que os rendimentos saem de nossos bolsos e para eles jamais voltarão, diga-se de passagem, esta normalidade também já é milionária, já que cada vez que surge um escândalo, fala-se em milhares de reais como se fossem trocados.
Lá também tem a normalidade da campanha. Começa a campanha política, pára tudo, nossas autoridades, as quais os militares devem continência e o povo gostaria de ver atrás das grades, que pouco já estavam fazendo, em tempos de campanha dedicam-se gentilmente a não ir mais ao congresso sob este argumento e o pior é que ainda dizem que trabalham muito.
Têm também a normalidade das CPI’S. Todo dia surge uma nova e a normalidade delas é não punir, além de denunciar muitos para mais desgosto ainda dos contribuintes, que ficam perplexos quando vêem estes muitos serem inocentados sob danças, entre outras comemorações que nem convêm mencionar.
Sob os auspícios deles está o país, e a maior parte das coisas que acontece em nossas vidas, como o que vale o nosso dinheiro, tão suado e tão escasso, do qual quase a metade vai para sustentar toda esta corrupção e uma máquina pública que já provou ser cada vez mais inócua para o povo.
Mas vamos subir mais e lembrar da normalidade de Rondônia, onde, ultimamente é prender autoridades corruptas, parece que alguém acordou por lá e, aproveitando o momento, resolveu colocar o lixo para fora, sabe-se lá por quê e em breve a corrupção também vai ser normal, quando se pensa que se um tem o direito de roubar, os outros também.
Assim temos a normalidade também de pagar para andar nas estradas, a de ver hospitais pedindo ajuda financeira para o povo, enquanto o estado é que deveria suprir estas necessidades, a normalidade de se esperar meses por atendimento médico especializado, a normalidade de ver os preços subir mesmo que os salários não subam, a normalidade da violência, de não sair à noite para não ter o carro roubado ou a própria integridade física atingida, além da normalidade de câmeras que irão nos monitorar 24 horas por dia, a normalidade do governo ser dono do trânsito e dos veículos que nele trafegam se não lhe pagarem para isto, além da normalidade de termos nossos veículos literalmente destruídos pelos buracos das ruas e estradas e ainda corrermos o risco de sermos multados por isto, a normalidade de vermos a segurança pública poupando gasolina enquanto os deputados gastam milhares de reais com locomoção própria, até mesmo nas férias e a normalidade dos pobres serem presos e os ricos ficarem impunes, mesmo que roubem milhões.Assim somos obrigados a citar um adágio popular que diz: “o hábito do cachimbo é que deixa a boca torta”, lembrando que se formos considerar nossa normalidade, chega a ser bizarra nossa atual sobrevivência diante de tudo que acontece em nosso cotidiano e que nossas próprias autoridades é que estão dando exemplo de criminalidade e impunidade.

Jorge Acunha
Publicado em: Rádio Minuano 12/08/2006

E os outros?

Neste mundo tão corrido algumas coisas vão passando despercebidas e pouco sabemos sobre o destino delas. Salientamos então que nosso cotidiano vem sendo afetado enquanto vamos acatando e sendo vítimas de uma nova era a qual, paulatinamente, vem impondo novas maneiras de convivência entre os seres humanos que logo após vão se dando conta de tudo que vão perdendo.
Perdemos então, a elegância, que dia a dia vai se esvaindo, se escondendo sabe-se lá onde e as relações vão ficando mais rígidas, mais objetivas, é bem verdade, e o corre-corre atrás da sobrevivência desfigura as pessoas, faz com que tudo o que deveríamos estar passando para nossas futuras gerações em termos de elegância seja relegado a um segundo, ou terceiro plano até e nossos jovens vão perdendo cada vez mais uma convivência saudável para logo mais lamentarem por tudo o que perderam.
Em outros tempos, até mesmo os marginais eram mais elegantes, ladrões, assaltantes, e muitos outros proporcionavam para a vítima um certo conforto quando era abordada. Hoje em dia eles primeiro atiram para depois avisar que trata-se de um crime.
Se formos analisar de onde vem saindo tudo isto, podemos nos qualificar como os maiores precursores de tudo isto, quando vemos a ética profissional e política ser deliberadamente enterrada, ou simplesmente corroída e ficamos pasmos perante a tudo o que acontece, a todos os exemplos que nossos jovens admiram de nossos líderes, das autoridades da nação.
Escândalos vão acontecendo dia após dia sem que os verdadeiros culpados sejam punidos e em nosso entorno as coisas vão cheirando mal, o exemplo é cada vez mais nefasto, assim cruzamos os braços e vamos tratando de nossas vidas, aceitando todas estas intempéries até que seja a normalidade das coisas, até que o bizarro seja o certo, o que convém a nossa sociedade detentora do poder econômico nos transforme em verdadeiros acéfalos ou irracionais que pouco fazem para a melhor convivência entre os seres que se julgam racionais.
Estamos em um momento que povos atacam povos impunemente, até mesmo por motivos religiosos, a marginália ataca a polícia, que sabe até mesmo que está dentro dos próprios presídios o comando, que tem até nome, como se fosse partido político, que políticos compram votos de outros para aprovar ou rejeitar leis, que temos um congresso de bonecos, que mesmo que votem em algo que o governo não gostou ele veta e pronto.
Estamos chegando a um ponto que a normalidade é uma coisa bem oposta à ética à elegância e ao convívio social adequado à qualquer povo, onde até mesmo a sensualidade deu adeus à nossas vidas e o sexo se transformou em uma coisa banal. Até mesmo os homens que em outros tempos sofriam para ver uma simples canela, hoje correm da igualdade que as mulheres sempre procuraram.
Será que voltaremos a sermos civilizados algum dia?
Jorge Acunha
Publicado em: Rádio Minuano 05/08/2006

Queridos Amigos

Gostaríamos que cada pessoa do mundo tivesse maturidade suficiente e sensibilidade permanente para saberem o que as autoridades fazem de nossas vidas, no entanto, isto é quase impossível de se conseguir, o que estamos pensando é que se alguns não têm nenhum estímulo para lutarem pelos seus direitos, pelo menos que saibam como procedem algumas atividades que agem contra estes direitos e que, por qualquer outro motivo ainda estejam dispostos a outro tipo de divertimento, livre de qualquer compromisso com partidos políticos ou atividades anti-políticos, tentaremos fazer algo que justifique o tempo que os leitores dedicam para tal, e que nossa pequena manifestação traga algum regozijo ou simplesmente algum tipo de afago a todos os problemas que nossas vidas nos trazem, para tanto, espero que vocês compreendam que nosso prazer é que haja felicidade em nosso relacionamento.

Obrigado

Jorge Acunha

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