terça-feira, 24 de junho de 2008
Prioridades
Com o transbordamento da paciência dos executivos estadual e federal com órgãos como o IBAMA e a FEPAM, percebemos o que está sendo feito com nosso dinheiro nestes órgãos, já que nem o chefe agüenta a arrogância dos funcionários, mas isto é comum no serviço público estatutário e neste ponto é que podemos analisar a terceirização, os contratos temporários e os cargos comissionados como um avanço do sistema legal de admissão de funcionários.
Enquanto o governo manda somente nestes, já que os outros são amparados pela legislação, eles têm que andar na linha, senão o trem pega, como estamos vendo, no entanto, nem todos têm a obrigação de seguir ordens, somente alguns que não possuem uma tal estabilidade, a qual impede que sejam demitidos.
Lembramos então do período da ditadura militar, do regime que seguem os militares e aí perguntamos: não seria melhor para os nossos bolsos e para o desenvolvimento do país a ditadura militar, já que o governo civil admite que não consegue conter certos ímpetos de determinadas autoridades? Seja, ou não, podemos afirmar que em qualquer regime militar isto não acontece.
Enquanto uma empresa privada oferece projetos para alguma coisa, eles levam anos analisando, como se a empresa que ofereceu o projeto merecesse tal tipo de atitude, sem calcular o quanto estas empresas pagam de impostos para obter o resultado, isto quando não é negativo, visto que o sapinho tal, ou a mosquinha tal, ou o passarinho tal podem ser prejudicados em sua evolução.
Aí devemos pensar que nos casos, os quais estão ocorrendo a morte de toneladas de peixes, em vários pontos do país, estas estatais não estão sendo indicadas como negligentes no que diz respeito à fiscalização, que, sem dúvida nenhuma é falha, como temos a prova cabal.
Em alguns lugares, isto se chama “pregar moral de cuecas”, já que enquanto a natureza é arrasada por falta de fiscalização, empresas são punidas por incompetência das mesmas autoridades.
Ambos órgãos já estão sendo vistos como uma espécie de vestibular para as indústrias, que serve para eliminar e não para administrar e mostrar os erros em tempo hábil para que se instalem sem os prejuízos faraônicos que sofrem por conta de uma pseudo fiscalização que é inexistente.
Então fica muito mais fácil cancelar um projeto do que ter que fiscalizá-lo depois, o que é muito mais simples e não dá trabalho, talvez até mesmo um lema dos servidores.Mas e o meio ambiente? Como é que fica em tudo isto? Que tem que ser observado, tem, no entanto, parece que, para esta classe ainda perceber que o dinheiro que os sustenta vêm deste povo que está sendo prejudicado diariamente, falta humildade ou vontade de trabalhar mesmo.
Jorge Acunha
Publicado em: Rádio Minuano 05/05/2007
O que será de nossos descendentes?
Não é de hoje que isto acontece. Desde que o homem inventou a pólvora, transformou-se em mais uma maneira de matar seu semelhante, inventou o avião e daí mais uma arma de guerra que mata em massa, inventou o telefone e agora os golpes se multiplicam cada vez mais, até mesmo de dentro dos presídios, inventou a TV e logo em seguida conseguiu banalizar com pornografia, inventou a política e logo em seguida várias formas de usá-la para roubar, inventou um conjunto de leis no qual os ricos e políticos sempre encontram uma forma de burlar, inventou a elegância e como não ensinou a seus filhos, hoje chamam as mulheres de cachorras, e o pior, elas gostam, inventou a biologia e com ela a guerra bacteriológica, que cria vírus novos todos os dias, inclusive alguns que até hoje não têm cura.
Logo depois o homem inventou o computador, criação magnífica, diga-se de passagem, com ele veio o advento da internet e, como os jovens têm acesso livre, são as principais vítimas, tanto de pornografia infantil quanto de aliciamento para racismos e preconceitos, dos quais eles não fazem a menor idéia por que compartilham. Além disto, ainda têm alguns infelizes que levam alguns milhares de horas criando vírus, futilmente, sabe-se lá por qual motivo, vai ver eles não viram nenhuma virtude na mãe ou no pai.
Parece que estamos fadados a suportar coisas de alguns que fazem milhões sofrerem, assim como nos dizemos racionais, somos capazes de nos matarmos uns aos outros até mesmo por motivos fúteis, coisa que os irracionais não fazem, como este mesmo homem descobriu que podia falar, resolve também falar mal dos outros, mesmo sem ter por que, fica com inveja de seus irmãos mesmo que seja por uma bala que este tenha ganho, confunde, pilha, briga, trata outros com arrogância e prepotência mesmo sem motivo. Mesmo assim, muitos ainda sabem o caminho da generosidade e do apreço por seus irmãos e, sem dúvida nenhuma, estes vivem mais e mais felizes.
As coisas que devem ser elucidadas, como muitas caixas pretas que vemos por aí, dão espaço para outras que não nos levam a nada, somente para os que estão envolvidos com falcatruas, que aproveitam para incentivar estas outras e sumirem.
Até quando o mundo irá suportar este tipo de gente que faz guerras, intrigas, leva à morte milhões de pessoas por ambição, ensina isto para seus filhos e nada acontece com eles, os prejudicados sempre são os mais fracos?
Até quando nossas sociedades serão submissas ao poder econômico, mesmo que tenham que ver milhares sofrerem ou passarem fome e ficar de boca calada?
Não estará no momento de repensarmos o que de fato queremos para nossas próximas gerações?
Jorge Acunha
Publicado em: Rádio Minuano 02/09/2006
Nossos Valores
Jorge Acunha
Publicado em: Rádio Minuano 03/02/2007
domingo, 22 de junho de 2008
AVAREZA
E daí, catarro, tudo bem?
Ele procurou mostrar ao amigo que não gostava de assim ser chamado:
Catarro é a p. q. p.
O homem não gostou e travaram um combate corpo a corpo. Da briga o catarro (perdão, Paulo), passou uma semana com o olho roxo e a perna enfaixada, dizem que depois deste incidente ele ficou mais calmo.
Mas o ca..., Paulo não gostava de fazer exercício sob hipótese alguma, passava o dia inteiro com aquele bundão, que mais parecia um balão de São João meio murcho, colado na cadeira e não levantava nem para arrumar troco, mandava pegar na volta, os que não pegavam, ele embolsava. Uma vez um cunhado dele, o qual ele visitava todo Domingo para almoçar, deu-lhe cinco reais para descontar um, ele disse que não tinha troco e ficou com os cinco. Outro dia parou um fusquinha, destes que andam por aí se arrastando, e ele não tinha troco mesmo, fazendo com que o motorista descesse do carro para arrumar no guinche. Nisto, o carro apagou, o motorista voltou correndo e disse, desiludido:
hiii, não tem bateria, vai ter que empurrar.
Como uma enorme fila começava a se formar atrás e o Paulo já estava meio nervoso, disse ao homem, com muita calma:
Ô, meu, tira esta porcaria daí!
Opa, porcaria não – interpelou o homem.
Tá bom – acalmou-se o Paulo afim de evitar tumulto - mas tira este veículo daí, por favor.
Então vem aqui e me ajuda – disse o motorista.
Não posso – disse o catarro – o médico me proibiu de fazer força.
E como a fila aumentava, alguns já buzinavam, o homem resolveu empurrar sozinho o carro, em vão, a força não foi suficiente, o motorista que vinha atrás fingia não ver e o Paulo (o catarro), ficava mais irritado e quando isto acontecia, todos saiam de perto, pois era descomunal a violência com que peidava o catarro, o cheiro era insuportável, parecia que estava podre aquele catarro. Peido para cá, buzina para lá e o ambiente ficava insuportável, era só poluição, até que o Paulo resolveu ajudar, desceu irritadíssimo do guinche, fedendo tudo o que podia e o motorista, desesperado, disse:
mas que cheiro é este? Será que estourou algum esgoto aqui por perto?
Deve ser – respondeu o Paulo, para sorte dele, naquele dia estavam saindo somente os surdos – mas vamos tirar este troço daqui de uma vez.
Deram uma empurradina e, enfim o carro pegou e depois de fazer alguns gestos obscenos para o catarro o homem foi embora, porém, quando o carro pegou o Paulo caiu de quatro no chão, o que fez com que suas calças rasgassem na bunda, deixando à mostra uma cueca de bolinhas vermelhas e todos da fila riam, o catarro, muito pelo contrário, praguejava, fazia gestos, ficou irado, o motorista mais próximo aconselhou:
se acalme moço, tenha fé que as coisas nem sempre são tão ruins e isto é muito pouco para o senhor ficar assim.
Daí o catarro não agüentou, botou para chorar e respondeu:
olha, meu. Este veado ter feito eu me irritar desta maneira, rasgar minhas calças e empurrar o carro, não é nada, pior é ele ter saído sem pagar.
Jorge Acunha
Publicado:10/1996 Jornal A Hora do Parque
Queridos Amigos
Gostaríamos que cada pessoa do mundo tivesse maturidade suficiente e sensibilidade permanente para saberem o que as autoridades fazem de nossas vidas, no entanto, isto é quase impossível de se conseguir, o que estamos pensando é que se alguns não têm nenhum estímulo para lutarem pelos seus direitos, pelo menos que saibam como procedem algumas atividades que agem contra estes direitos e que, por qualquer outro motivo ainda estejam dispostos a outro tipo de divertimento, livre de qualquer compromisso com partidos políticos ou atividades anti-políticos, tentaremos fazer algo que justifique o tempo que os leitores dedicam para tal, e que nossa pequena manifestação traga algum regozijo ou simplesmente algum tipo de afago a todos os problemas que nossas vidas nos trazem, para tanto, espero que vocês compreendam que nosso prazer é que haja felicidade em nosso relacionamento.
Obrigado
Jorge Acunha